Tenho a certeza que o meu coração ou o meu cérebro (ou os dois ao mesmo tempo) tiveram uma paragem, por mais breves que alguns segundos sejam.
.
- 'Tou?
- Sim, bom dia, é a dona do Mocas?
- Sou...
- Estou a ligar do Hopital do Restelo, já pode vir buscá-lo!
- (silêncio)
- Ai, espere!
- Sim?...
- Não é a dona do Mocas das Laranjeiras!
- Não... eu moro em Entrecampos...
- Desculpe, enganei-me! Boa Noite!
- (silêncio)
.
Fiquei assim, calada. As saudades ficaram comigo e ainda aqui estão.
E agora que já passaram mais uns segundos estou a escrever e a pensar no disparate deste telefonema. Porque é que eu disse que "sou"? Se calhar... quando se é dona uma vez é para todo o sempre e o tempo verbal neste casos não muda.
...
E não adoro a ideia de haver outro Mocas no mundo! Ou se calhar... não fazia mal... se eu fosse a "das Laranjeiras".
...
Não me despedi da senhora, nem a desculpei, mas agora que já tive alguns minutos para me recompor, tenho vontade de ligar para lá, zangada, e sugerir um arquivo, lá nos fundos ou na cave, para as histórias sem final feliz.
.
Joana
5 comentários:
Há com cada uma...
Apesar de às vezes nos custar lembrar de situações que correram menos bem com elas vêm sempre recordações de momentos bem passados.
Qt a ser dona pra sempre claro que és, pelo menos no coração.
Exite outro mocas ainda : ) Depois conto ;)
Ritz
Fermenars...
fogo, ok ela não fez por mal, mas foi est+upida na mesma, eu nem sei se fosse comigo!
és dona para sempre tonta, e a rita tem razao lembra logo das coisas boas a seguir que o aprto diminui...
ni
Há pessoas mesmo "incompetentes"..bjnho.
Há outro mocas sim, e não é cão! ;)
Enviar um comentário