E qual é o problema?

Há uns tempos falava-se ao jantar do sentido da inseminação artificial.

Não dos casais que lutam para ter filhos, nesses a opinião é unânime espero, mas na óptica, e neste caso especifico mais vocacionado para as mulheres, que querem muito ter filhos.

A P. tinha uma amiga, de 35 anos, cujo o desejo desde a adolescência sempre foi ser mãe. O tempo foi passando e homem certo para pai/marido/namorado/unido de facto não foi aparecendo. Agora vive triste, não deprimida, mas triste porque realizou todos os seus objectivos à excepção do da maternidade. A idade já começa a avançar e ela quer ser mãe brevemente, se não pela via tradicional, pela que seja possível, e então pondera a inseminação artificial. E eu, que nada tenho com isso, mas que opino que se farta, acho muito bem! Eles (estranhamente só os homens) acham isso um disparate, que é anti-natura, que ela tem que encontrar um homem que lhe faça um fiilho.

Eu acho que qualquer mulher que não teve a sorte, ou o privilégio, de conseguir construir uma relação digna desse nome, ou porque se preferiu dedicar à vida profissional, ou porque pretende continuar solteira, ou porque não encontrou um homem por quem verdadeiramente se tivesse apaixonado, e que queira ser mãe, porque não?

Porque é que por não se querer/ter uma coisa, se tem que ficar privado de tudo o resto?

Não é preferível que se siga esta forma de concretizar este objectivo em vez de se viver com alguém porque se quer muito ser mãe, relação essa que depois de algum tempo ou é altamente conflituosa ou acaba. É melhor assim, deste modo natura?

É porque a criança tem pai? mesmo que seja um anormal? Quantos casosexistem de pessoas que casam, têm filhos, divorciam e os pais vão para sei lá onde e não querem saber do filhos? Não é dificil, mas contornável?

No fundo trata-se quase do mesmo, só que alguém decidiu abreviar a história, embora chegue ao mesmo resultado. E eu acho de coragem.

nica