… As greves da função pública! E as greves em geral.
Quem me conhece já ouviu a minha opinião uma quantidade de vezes. Já ando para me pronunciar no bloger à algum tempo, mas agora estava a falar com a su e ela puxou o tema, criando um monstro em mim!!
Sou completamente a favor do direito à greve, mas acho que anda despropositado, perdeu-se a capacidade de diálogo, se somos contrariados vamos fazer uma greve, é este o espírito.
Confesso que tenho alguma alergia a líderes sindicais e à unção pública em geral. Até me podiam dar um salário de arregalar os olhos, que eu rejeitaria, nem com dose diária dupla de xanax eu aguentava aquela gente!
Os funcionários públicos, na sua maioria, têm condições e regalias superiores aos trabalhadores do sector privado, mas se eles acham que não chega, por mim, que CONVERSEM e reivindiquem os direitos que dizem seus. Mas faz-me alguma urticária pensar que se batesse a hora e eu me fosse embora, ou se até mesmo apresentasse as horas extra, ou que queria um aumento, caso contrário fazia greve, que me era dito, então vá e não volte Joana… Para não falar que eu corro o risco de salários em atraso e eles não, não tenho descontos especiais nem um serviço de saúde especial como os próprios. Ah, e se quiser progredir em carreira tenho que me esforçar e muito, não há cá nada de automatismos… E eu sou avaliada diariamente, e parece que não me caiu nenhum bracito… Eu sei que com as minhas dores eles podem bem, mas eu com a deles também vivo, ou gostaria de viver um pouco, tranquila. Se eu tenho que “apertar o cinto” porque é que eles não hão-de fazer o mesmo?
Quanto às greves dos estudantes, essas então são ridículas, e estou nem aí quem possa ofender com esta posição, em vez de saírem tantas vezes à noite e de gastarem o dinheiro em jantares, festas, álcool e drogas, poupem para as propinas e as fotocópias…
Eu não sou uma capitalista, juro, como disse acho a greve fundamental num estado democrático. Mas como último recurso… E desde que eu não seja prejudicada pela luta, que como eles próprios dizem, É DELES..
Não me parece justo, trabalhar, descontar mais que eles:
- para depois ter que ser tratada no particular, porque os enfermeiros estão de greve;
- pôr os meus filhos no ensino particular, para que possam ter aulas sem interrupções (sim porque este ano lectivo os miúdos já perderam duas semanas de aulas – num dos países com pior ensino da Europa.);
- andar de carro, porque a carris faz greve, no mesmo dia que o metro;
- pagar mais a advogados, porque os trabalhadores dos tribunais estão em greve;
- faltar mais vezes para ir às finanças, porque parece que serviço mínimo não é igual para todos os seres humanos, para mim serviço mínimo é, na melhor das hipoteses, superior a zero…
E poderia continuar, mas parece que marquei a minha posição loooool
Reforço, que não contra a greve, nem contra a situação deles, só quero justiça também, e no mínimo que garantam os serviços mínimos e que tentem minimizar os seus efeitos nos outros, é uma questão de civismo parece-me…
Ni
sexta-feira, novembro 17, 2006
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2 comentários:
ainda bem que falaste muita pela rama (o que eu gosto desta expressão) do SNS senão, aí sim, é que era ver esta familia virar Hulk!
xxx
A
Epá Nicas tavas inspirada! Sim senhor, parece que este fds vamos ter conversas sérias.
Espero bem que sim...QUE DESPACHES ESSE JANTAR...E vamos lá emboa ehehe
Ritzqu
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