Sopros no coração...

Vários. Espalhados aleatoriamente pelos ventriculos e auriculos do meu coração.

Há alturas assim, em que ia jurar que os tenhos (os sopros) e que aparecem como se fosse uma alergia, daquelas repentinas, mil borbulhinhas todas de uma só vez. Só que dá para andar na rua que ninguém percebe, porque não se veem nem fazem comichão.

E sinto coisas nele (no coração). Fica apertado com as conversas, principalmente com os inícios, e depois fica fraco com os pensamentos, porque têm tempo demais para existir e multiplicar-se, e depois espalha-se para a barriga, que dói e tudo. E o sistema respiratório também é afectado: insuficiência, pois é.

E como fico com frio dentro de mim, só posso entender que os sopros, buraquinhos que eu imagino, fazem corrente de ar cá dentro. E arrefece.

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As pessoas importantes, dizem coisas importantes.

Por isso os sentimentos são grandes. E os sustos. E as esperas. E as saudades. E os alivios. E os desejos cheios de promessas a um Jesus que num tirinho fica enorme!

Ainda bem que os sopros parecem alergias e só existem ás vezes. É que o meu coração não é herói, podia num dia destes colapsar ao som de um "tenho uma noticia..."

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*** Ju

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P.S. A (alguma) piada é perceber que para além dos "sopros" tenho esta veia dramática (que escreve estes posts cheios de emoção) que acho que já disse uma vez, que dá vontade de dar estalos a mim própria de forma consecutiva. Só para acordar para a vida e lembrar-me dos pobrezinhos do Biafra!